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Fundadores da Cultura: a gênese de um legado.

Dos fundadores da Cultura: a gênese de um legado,  celebrando essas figuras centrais da vida musical de Canavieiras. Esse texto parte de nosso material institucional e educativo.


Fundadores da Cultura: a gênese de um legado, a começar pelo(os) fundador(es) da Fiilarmônica Grupo Musical 2 de Janeiro, os senhores João Lourenço Ferreira, João Evangelista França, João Paranhos Escovinie [ilm], Antonio Messias Ferreira, Euclides Lima, Heraclides Malta, Parmenio da Costa Dorea, Alfredo dos Santos Cattai, Antônio Manoel Ferreira, Júlio Chachá, Rochael Mathias Cardoso, Álvaro Antunes Santiago, Alexandre José da Costa, Joaquim da Costa Espinheira, Casimiro José dos Santos, Luís dos Santos Vídero, Manoel Domingues dos Santos, Manoel Rodrigues Monteiro, Antônio Dórea Filho e Álvaro Sousa. 


Em cada nota tocada nas praças, em cada acorde que ecoa das filarmônicas de Canavieiras ainda existentes, pulsa um coração coletivo que começou a bater há muitas décadas no ano de 1930. Este é o legado desde os Fundadores da nossa Cultura de bandas, homens e mulheres hoje e anteriormente que, com coragem, sensibilidade e senso de missão, ergueram os primeiros pilares de uma tradição que ainda hoje transforma vidas.


Maestro João Lourenço Ferreira, foi um homem de visão e liderança, esteve entre os primeiros a entender a importância de uma estrutura cultural formalizada. Como um dos fundadores da instituição que hoje leva vida ao nome GRUPO MUSICAL 2 DE JANEIRO, ele lançou a semente do compromisso com a música como bem público e direito da comunidade.


Mestre Júlio Chachá, também é uma das figuras simbólicas dessa gênese cultural, representa o elo entre o passado e o presente. Seu sobrenome ecoa na história como sinônimo de arte e resistência. Ele é um dos 17 (dezessete) fundadores originais da instituição F2J em 1930, ele deixou um legado que ainda inspira músicos, regentes e aprendizes a buscar excelência com identidade.


Maestro Donaldson Chachá, o mestre é um nome que batizará uma atual futura associação, que carregará a força do grandioso mestre. Donaldson Chachá foi mais que músico: foi educador, formador de gerações e guardião das raízes sonoras da cidade junto com seu pai. Seu trabalho não apenas ensinou partituras, mas também despertou consciências e moldou caráteres da pessoa que vos escreve, foi cauteloso quando deveria e ensinou ao maestro e presidente da F2J que deveria moldar seu comportamento enérgico, porém o mestre sabia que isso não seria possível.


Maestro Cosme Pinho, músico talentoso e dedicado à coletividade, o mestre muitas vezes apontado como emblemático, tornou-se referência viva de continuidade e paixão pela música na F2J. Sua trajetória se confunde com a história das bandas locais, e seu exemplo é um convite constante à formação de novos talentos, o que também moldou o presidente e maestro atual e não o confunde em seus dias atuais .


Maestro João Rocha, grande mestre e compositor, além de arranjador e incentivador da juventude, mestre João Danga foi e é um símbolo da força criadora que habita talvez hoje naquela sonhada formação do projeto do mestre Eduyr Silva na junção de seu projeto para que existisse as Filarmônicas Unidas de Canavieiras que iria abranger uma boa  iniciativa para a comunidade canavieirense, porém como haja visto, negado por opiniões contrárias e fortes, além de uma futura perda de identidade das filarmônicas, o que não foi visto com bons olhos, hoje se evidencia com um panorama para grande projeção. O mestre João e seu trabalho uniu técnica e sentimento, tradição e inovação, mostrando que a cultura se mantém viva quando é passada adiante com generosidade.


Um legado coletivo


Além desses nomes pioneiros e nomes centrais, há uma multidão de músicos e musicistas atuantes, anônimos (as) e voluntários (as) ou pouco registrados (as), mas cujos gestos silenciosos sustentam o alicerce da cultura local. Foram os mestres do passado e atuais que ensinam sem cobrar, os aprendizes que ensaiam com disciplina, os regentes que oferecem mais do que batutas — oferecem uma boa esperança. Cada ensaio, cada desfile, cada apresentação é um ato de fé na força da cultura.


Este legado não é feito apenas de memória, mas de presença. Ele vive nos projetos sociais que são a continuidade das aulas de música gratuitas, nas oficinas de formação gratuitas, nos saraus que estarão por acontecer, nas bandas marciais que desfilam e tomam grande parte do tempo nas apresentações, mas que não deixam de mostrar o trabalho das escolas na maioria das vezes hoje particulares, pois o sumiço das bandas municipais parece emergente nos dias atuais , nos sons que atravessam gerações.


A gênese de um legado não é apenas o momento da criação, é o compromisso com a continuidade, o que levaria a um colapso da perda dessa continuidade. E sobre esse compromisso, em Canavieiras, permanece firme, pulsante e inspirado.

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